A indiana Sterlite conquistou o lote 13 do leilão de transmissão que acontece na sede da B3, em São Paulo. A empresa ofereceu Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 74,721 milhões para construir e operar a concessão. O montante corresponde a um deságio de 38,90% em relação à RAP máxima estabelecida para o empreendimento, de R$ 122.314.264,00
A empresa superou outras duas ofertas, da Alupar, que por meio do Consórcio Olympus VII ofertou deságio de 25,03%, e Consórcio Terna Rede Mais (formado pela Terna Plus, com 80%, e Rete S.R.S (20%), que fez lance de 30,6% de desconto. Grandes grupos de energia que haviam se habilitado para disputar o lote optaram por não apresentar proposta, caso da Cteep, Equatorial, Engie, a espanhola Cymi e os chineses da State Grid.
A Sterlite, que dominou o último leilão de transmissão, quando arrematou seis lotes, teve até agora uma participação mais tímida. Este é o primeiro lote que arremata, após ser pouco competitiva em lotes anteriores e optar por não apresentar proposta por alguns projetos.
Os empreendimentos do lote 13 fazem parte dos projetos que haviam sido arrematados pela Eletrosul em leilão realizado em 2014, mas que a companhia não conseguiu executar no prazo estabelecido e teve a concessão retomada. Fazem parte do lote 13 três linhas de transmissão, além de outros trechos menores, somando 316 quilômetros de extensão, e duas subestações, com capacidade de transformação de 1.544 MVA, a serem construídas no Estado do Rio Grande do Sul.
O lote 13 exigirá investimentos de R$ 766,8 milhões e deve gerar 1.942 empregos diretos, segundo estimativas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A agência explica que o projeto tem como objetivos a integração do potencial eólico do Estado do Rio Grande do Sul, especialmente na região da Serra Gaúcha, e o aumento da capacidade de suprimento e confiabilidade da região metropolitana de Porto Alegre. As obras têm prazo de 48 meses para serem executadas.
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